domingo, 25 de julho de 2010

Ainda Lembro

"I'd wanna hear you say - I remember you"

Ainda lembro de ti
e como esquecer ...
Aquela primavera,
quando as flores eram floridas,
o sol esquentava as almas,
e batiam forte os corações.

Tua presença,cada suspiro teu
um sopro de felicidade,
era vida em minha vida.

Acabou a estação
murcharam as flores
quando pisquei os olhos
não estava mais aqui.

Nunca mais vi a primavera
todas as flores são cinza
e só faz inverno lá fora.

Não te vejo sorrindo mais,mas ainda lembro de ti.

Gostaria de te ouvir dizer - Ainda lembro de ti .

Inverno-lá fora e aqui dentro-

4 da manhã,perdido em pensamentos
me escondendo na escuridão
fugindo de todos meus lamentos
e da implacável solidão.

Ontem sonhei com uma vida de amor
cheia de felicidade e beleza.
Acordei em prantos,só vejo dor
solidão e tristeza.

Cabeça cheia
copo vazio
corpo frio
coração partido.

Não há lugar longe o bastante
que me permita fugir de mim mesmo.

sábado, 1 de agosto de 2009

A antítese do amor

Amada de outrora
meu coração hoje chora
ao perceber como é atroz
essa distância entre nós.

Tu já fostes norte
em minha vida
ó querida,
te perder foi como a morte.

Hoje jaz esquecido
em meu peito reprimido,
o sentimento que senti,
o amor pelo qual tanto sofri.

Hoje,entre nós,impera o silêncio,
um clima meio tenso,
sempre repetindo já te esqueci.

A ponte que nos unia ruiu
restou o abismo
das palavras medidas
(e comedidas),
da conversa educada
e do tom formal.

Antes eu acreditava
que a antítese do amor
fosse o mal-querer
hoje sei que é a indiferença.

Seu amor

Estou farto do seu amor
perfumado e bem embalado
já estou de fato cansado
de seu amor doce como fruta madura
e vazio como a noite fria.

Chega de falar muito
sem ter o que dizer.
Chega da ilusão do amor completo
desse meu sentimento incerto.

Não quero mais noites solitárias
acompanhado de ti.
Nem palavras bonitas
sem sentido algum.

Esse amor é um fardo
esse sentimento,um espinho
encravado em minha alma

Meu coração é vazio.
Cheio
de vazio.

O eu-metade

No meu intimo mais profundo
mora um eu-acuado
pela vida amedrontado,
escondido do mundo.

O que eu sou ,é metade
daquilo que em mim existe,
pois no fundo de minha alma triste
vive um eu-covarde.

No silêncio escondo o que sinto,
calo na escuridão um eu-aflito.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A metade que sobrava

Quando encontrei companhia
nos braços da solidão
tornamo-nos inseparáveis
feito a dor e o amor.

A ausência de uma parte
tornou-me completo.

Deixei de buscar
a metade que não existia,mas me faltava
e bastei-me com o vazio que em mim sobrava.

contentei-me em ter em mim
a falta de mim mesmo.