sábado, 1 de agosto de 2009

A antítese do amor

Amada de outrora
meu coração hoje chora
ao perceber como é atroz
essa distância entre nós.

Tu já fostes norte
em minha vida
ó querida,
te perder foi como a morte.

Hoje jaz esquecido
em meu peito reprimido,
o sentimento que senti,
o amor pelo qual tanto sofri.

Hoje,entre nós,impera o silêncio,
um clima meio tenso,
sempre repetindo já te esqueci.

A ponte que nos unia ruiu
restou o abismo
das palavras medidas
(e comedidas),
da conversa educada
e do tom formal.

Antes eu acreditava
que a antítese do amor
fosse o mal-querer
hoje sei que é a indiferença.

Seu amor

Estou farto do seu amor
perfumado e bem embalado
já estou de fato cansado
de seu amor doce como fruta madura
e vazio como a noite fria.

Chega de falar muito
sem ter o que dizer.
Chega da ilusão do amor completo
desse meu sentimento incerto.

Não quero mais noites solitárias
acompanhado de ti.
Nem palavras bonitas
sem sentido algum.

Esse amor é um fardo
esse sentimento,um espinho
encravado em minha alma

Meu coração é vazio.
Cheio
de vazio.

O eu-metade

No meu intimo mais profundo
mora um eu-acuado
pela vida amedrontado,
escondido do mundo.

O que eu sou ,é metade
daquilo que em mim existe,
pois no fundo de minha alma triste
vive um eu-covarde.

No silêncio escondo o que sinto,
calo na escuridão um eu-aflito.